mar de saudades - I
Não sei quando tudo aconteceu, ou quando tudo parou de acontecer. Passei a ser um sobrevivente de uma guerra que não perdi. Não teve um dia definitivo, uma data que me dissessem: Chega! Foi indo. Um dia me acordei nesse quarto, como se nunca tivesse vivido noutro local. Minhas memórias fixadas em paredes e estantes, meus sonhos pregados em corredores de memórias sem data.