quinta-feira, fevereiro 28, 2002

Eduardo

Meu filho Eduardo cresceu sempre com a presença de meu pai. Talvez por eu ter me divorciado quando ele ainda era bebê e seu pai ter viajado para fora do país e criado nova família, a imagem paterna que Eduardo trouxera consigo foi de meu pai, que morava perto de nós e constatemente estava conosco. Fazíamos viagens, passeios, as datas festivas, tudo a três. Ou a quatro, quando o tio Everaldo ainda estava entre nós. Uma família pequena, fora dos padrões, mas feliz de seu jeito.
Eduardo cresceu, formou-se em direito e hoje é casado e mora na cidade vizinha, com Júlia sua esposa e sua pequena Helena que constantemente me visita e traz luz para esse lugar de meia idade. Enquanto papai era vivo, a figura central era ele, distante em sua viagem pós derrames, mas que derramava ternura para todos em seus olhares e gestos generosos.

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