quarta-feira, maio 10, 2006

janela do passado

Quando já não podia mais andar, rearranjei o quarto de forma que ele pudesse ver à janela e contemplar o rio. Ele mirava o sol... Fez muito disso pela sua vida. Falava-me de como o sol era importante, de como marcava a passagem do tempo, de como o pôr-do-sol pode ser diferente, mesmo sendo a mesma estrela diariamente escondendo-se no horizonte.
Por mais que o conhecesse, na profundeza de sua mente devia estar rememorando passagens perdidas no tempo. Com sentimento de uma criança perdida, me perguntava por que ele não lembrava de mim. Olhava-me como se eu fosse uma desconhecida, como se não fizesse parte de mais de cinqüenta anos de sua existência. Meu pai querido, queria poder tê-lo trazido para hoje, mas tive que contentar-me eu tê-lo alguns dias sim e muitos outros não.

4 no bloco de notas:

Blogger Paulo Silva registrou a lembrança...

Olá Silvio...
Por aqui tudo bom como sempre.
Desculpa a minh ausencia nas visitas Mas tenho andado com muito trabalho.
Bom fim de semana.

19:07  
Blogger Rô Peixoto registrou a lembrança...

Olá... queria eu poder ter tempo para ler sempre seu blog... cada vez que leio é uma emoção diferente!

Passei para avisa-lo que o I'm mine mudou de nome... já estava pensando nisso ha algum tempo, e agora, que minha vida parece ter mudado para uma fase mais madura, achei essencial! Agora ele se chama "Vem comigo que no caminho eu explico"...

Abraços!

Rosana

15:44  
Blogger Rosalina Simão Nunes registrou a lembrança...

boa tarde. hoje faço o levantamento de duas expressões linguísticas que considerei muito bonitas: "..rearranjei o quarto...";"...queria poder tê-lo trazido para hoje..."

até.

11:52  
Anonymous Anônimo registrou a lembrança...

Keep up the good work » » »

06:12  

Postar um comentário

<< Home