sábado, agosto 28, 2004

curva do tempo - IV


Nos olhos de Marília, hoje encontro Elvira e só agora me dou conta de como sempre foram parecidas, apenas em idades diferentes. Posso então entender o grande amor que nos uniu, pois amei uma mulher que em sua infância deve ter sido uma Marília, cheia de energia e curiosidade. Marília era uma fórmula científica:
Tempo x Marília = Elvira.
De mim ele traz muito. A sintonia de pensamentos sempre foi marcante e todas as vezes que ela me ligava eu reconhecia sua presença no simples toque do telefone. E toda vez que meu peito apertou, ela estava precisando de mim. Por isso, sei que não lhe peso tanto, porque ela vê em mim uma parte que se vai, um sentinela de sua vida, que segue em frente descobrindo passagens ocultas no tempo e trazendo para o seu presente sinais que lhe indiquem o melhor caminho a seguir.

1 no bloco de notas:

Blogger Saramar registrou a lembrança...

Tocante, Sílvio.
Melancolicamente tocante.

13:40  

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