domingo, agosto 29, 2004

curva do tempo - III


Pode ser que eu lhe seja um estorvo a essas alturas, mas o sorriso que ela me oferta me faz pensar que esses são nossos derradeiros momentos. Mesmo que me doa andar e que me faltem as palavras, sobra entendimento no olhar e nos pequenos gestos.
Nas vezes em que viajávamos juntos, eu e Marília fomos sempre cúmplices de aventuras e de descobrimentos. Elvira, paciente e conformada era feliz em nos ver assim, compartilhando olhares, de mãos dadas até mesmo depois de mulher feita. Ela entendia essa magia que nos ligava e nunca nos cobrou nada: éramos felizes e Elvira era parte disso, apesar de ser mais contemplativa.

3 no bloco de notas:

Blogger Paulo Silva registrou a lembrança...

Bom fim de semana.
Aquele abraço.

16:41  
Blogger Toque das ruas registrou a lembrança...

Como acontece a criação? É auto-biográfico? Um abraço.

08:13  
Anonymous Anônimo registrou a lembrança...

Repito o que já disse: o que seria dele sem essa filha amorosa e sem o amor que nutrem entre si?

00:09  

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