resquícios na alma - V
A mulher fala alguma coisa e deve ser para mim, mas não entendo nada. Seria outra língua? Ela parece gostar de mim. Até assemelha-se a ti, Elvira. Não tão linda, não tão jovem, mas tem algum carisma que lembra teus olhos cintilando como pérolas negras.
Ela me pega pelo braço e me ergue devagar. Caminho, lentamente e atravesso a vastidão de meu cômodo. Não sei se dormi sentado ou se ainda estou dormindo. Queria poder voar daqui, para além do rio que a todo dia engole o sol.
Ela me pega pelo braço e me ergue devagar. Caminho, lentamente e atravesso a vastidão de meu cômodo. Não sei se dormi sentado ou se ainda estou dormindo. Queria poder voar daqui, para além do rio que a todo dia engole o sol.
3 no bloco de notas:
Olá!
Aqui, meu caro Silvio, encontra-se com o prazer da leitura.Bom de mais.Tenho lido sempre.Aprecio o seu modo de narrar. Um grande abraço.
Gostei que me tivesses explicado o sentido do blog! Interesso-me muito por faltas de memória e faltas de voz, dado que tive casos assim na família (sem poder falar e com falhas de memória, mas o sentimento está lá e algumas recordações vivas também).
O ser humano tem uma alma riquíssima. Quanto mais velha, mais rica... Pena que a capacidade de expressão de um idoso falhe, por vezes. Excelente, este blog!
Grande abraço!
Rápidas passagens,pérolas do inconsciente, sabores do melhor vinho!
Postar um comentário
<< Home