retalho de amor - III
Como se meu coração tivesse sido cavado e de lá arrancado algo vital... Nessa saudade que aperta o que restou no meu peito, contemplo o vazio que me engole. Não é o nada que me incomoda, mas a ausência de alguém que me ensinou a amar. Eu poderia começar a chorar, não me falta o nó na garganta, mas quando vejo o rio que corre distante, sei que já não me pertencem as lágrimas, que um dia trespassaram meus olhos feito agulhas. Esse vazio é pleno, é um paradoxo, é o nada e é tudo; é sem nome, mas é presente; é ausência, mas é vida; é saudade, é demência; é a força que me mantém vivo, mas é também é motivo para partir.
1 no bloco de notas:
Abraços do *CC*
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