refém das horas - III
Por instantes ficamos os dois a olhar-nos mutuamente. Ele, girando sua cabeça de lado a lado voou até a cômoda e experimentou alguns farelos de pão que restaram após a cotidiana sopa, assim como as migalhas de memória que volta e meia saboreio.
Sem se fazer de rogado, num leve bater de asas, saltou até o criado-mudo, a um braço de distância. Era como se minha infância tivesse se dobrado no tempo e viesse me oferecer um regalo. De penugem amarela, parda e marrom, tendo algumas penas negras na sua pequena cauda, ele se exibia.
6 no bloco de notas:
Olá!
Meu caro Silvio, o seu texto é muito saboroso, venho sempre aqui, para degustar em fatias.Um grande abraço.
Obrigada pelas visitas, meu querido.
Olá, Silvio. Seu texto é muito "massa"!
Olá Silvio.
Desculpe a minha ausencia mas estive a deliciar-me com umas pequenas férias.
Quanto ao seu post!
É como um bolo de chocolate,saboreamos cada fatia lentamente até que venha outra mais saborosa .
Abraços.
Oi Sílvio, como passou o carnaval? Eu na terra da folia fiquei só de longe:)
O pássaro benfazejo veio, ao contrário, trazer memórias. Em suas asas, a infância, a liberdade que ele já não tem.
Lindíssimo esse trecho, puro poema.
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