sábado, fevereiro 26, 2005

refém das horas - III


Por instantes ficamos os dois a olhar-nos mutuamente. Ele, girando sua cabeça de lado a lado voou até a cômoda e experimentou alguns farelos de pão que restaram após a cotidiana sopa, assim como as migalhas de memória que volta e meia saboreio.
Sem se fazer de rogado, num leve bater de asas, saltou até o criado-mudo, a um braço de distância. Era como se minha infância tivesse se dobrado no tempo e viesse me oferecer um regalo. De penugem amarela, parda e marrom, tendo algumas penas negras na sua pequena cauda, ele se exibia.

6 no bloco de notas:

Blogger Wilton Chaves registrou a lembrança...

Olá!
Meu caro Silvio, o seu texto é muito saboroso, venho sempre aqui, para degustar em fatias.Um grande abraço.

07:17  
Blogger Toque das ruas registrou a lembrança...

Obrigada pelas visitas, meu querido.

07:46  
Blogger Maria OLiveira registrou a lembrança...

Olá, Silvio. Seu texto é muito "massa"!

09:32  
Blogger Paulo Silva registrou a lembrança...

Olá Silvio.
Desculpe a minha ausencia mas estive a deliciar-me com umas pequenas férias.
Quanto ao seu post!
É como um bolo de chocolate,saboreamos cada fatia lentamente até que venha outra mais saborosa .
Abraços.

11:45  
Blogger Maria OLiveira registrou a lembrança...

Oi Sílvio, como passou o carnaval? Eu na terra da folia fiquei só de longe:)

13:09  
Blogger Saramar registrou a lembrança...

O pássaro benfazejo veio, ao contrário, trazer memórias. Em suas asas, a infância, a liberdade que ele já não tem.
Lindíssimo esse trecho, puro poema.

15:20  

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