quarta-feira, setembro 29, 2004

ciclo das águas - II


Por todos os lugares que essas águas vão fluir, um pouco de mim levará. É como se alcançasse outras terras que nunca pisei e nunca sentirei saudades. Poderá também molhar meus próprios passos em terras distantes, no tempo e no espaço.
Olhando esse rio, mergulho numa viagem e me vejo em Paris, ao lado de Cortázar, caminhando sobre as pontes do Sena, jogando uma flor em suas águas e chorando um amor fugidio. Vejo-me trilhando Barcelona ao lado de Marquez e perdendo-me nos labirintos de seus casarios e me encontrando no cais como um barco que chega para jamais voltar. E quando o sol encontra rio, enxergo Veríssimo levando-me pela mão por ladeiras de Porto Alegre a um pôr do sol grandioso e longo. Mário Quintana sorriria.

2 no bloco de notas:

Blogger Santa registrou a lembrança...

O rio, pequeno, frágil, magrelo, dominado em braçadas...Mas ao desembocar no mar tornou-se tão imenso, poderoso, gigantesco, tal qual os oceanos que na sua imensidão abarcam o infinito.

Bjs

12:44  
Blogger Saramar registrou a lembrança...

Os sonhos, viu? Não disse que ele é cheio de sonhos. Mas, sonha para trás, sonha o que poderia ter sido e se perdeu.

15:50  

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