avesso do espelho - III
Já faz muito tempo que parei de escrever, antes mesmo que alguém pudesse ler. Até nisso fui contido e soube esconder muito bem cada palavra que germinou no papel por onde passei a caneta. Guardei bem, muito bem esse segredo. Quando Marília vendeu a casa de praia, não tive mais como pedir-lhe que olhasse no sótão o meu tesouro. Mas não faz mal. Escrevi para mim e fui feliz. Reconstruí momentos e recriei mundos em folhas brancas, que agora amareladas ou roídas por insetos vão acabar-se muito depois de mim, sem assinaturas e sem respostas.
4 no bloco de notas:
....
Encontrei + UM mundo
muito real.....
....
Bjos
Soberbas as tuas palavras. Li muito por aqui e realmente tens uma singular capacidade de expressar o que sentes, o que te completa nesses dias de calmaria ou não. E a casa, mesmo que nao te pertença mais, fica sendo a lembrança daquilo que não tivesses a chance de ser e de se expressar.
eu volto... sei que volto aqui.
beijos!
Amigo silvio...
É através de uma simples folha de papel que nós conseguimos expressar todos os nossos sentimentos e aí então construimoa um mundo imaginário que só nós conseguimos governar.
Abraço.
Ah! Sílvio, que maldade, que dor essas páginas escondidas!
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