terça-feira, junho 29, 2004

avesso do espelho - II


Sempre foi assim. Por dentro havia um fogo que vibrava e deixava torpe de meus próprios pensamentos, mas por fora uma pessoa sóbria e comedida. Uma explosão contida numa batisfera selada. Carreguei a vida toda uma chama que transcendia meus movimentos e queimava meus dedos, quando escrevia minhas crônicas e meus poemas. Olho minha mão marcada por manchas senis e me pergunto quando foi que tudo isso aconteceu. Não tenho resposta. Meu corpo não soube acompanhar minha juventude e agora já é um estorvo.

3 no bloco de notas:

Anonymous Anônimo registrou a lembrança...

Adorei o seu blog!
Está de parabens, ótimas idéias.
Tenho um site, caso deseje entrar:

http://mfactor.brtdata.com.br

PArabens mais uma vez...

13:14  
Blogger Saramar registrou a lembrança...

Estou com medo de continuar lendo...medo do desfecho. Gosto dele, gosto do que ele foi e do que é ainda.

21:06  
Anonymous Anônimo registrou a lembrança...

Em primeiro lugar, obrigada por sua visita e pelo comentário, amigo. Em segundo, este seu Avesso do Espelho é de uma verdade de doer.E acontece com todos nós. Nunca o espelho é amigo ou ameno. Mas, ele não revela quem somos e, sim, o que não queremos ser: é nossa auto-crítica levada a extremos, nosso olhar impiedoso sobre nós mesmos. E isso nem sempre corresponde ao que os outros vêem em nós... :-) Beijos carinhosos.

15:09  

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