terça-feira, abril 27, 2004

resquícios na alma - IV


Sei que tu não estás aí. Sou eu te projetando de dentro prá fora; sou eu mesmo zombando de minha iniquidade, indolente e carrasco de minha própria demência. Se é assim, aproveitarei o fugaz momento e te terei nua...
Não, não te vás, Elvira. Não agora! Essa mulher que entra e invade meus domínios é apenas uma simpática senhora que não sei bem quem seja. Ela entra sem ser chamada, me entope de medicamentos, ajeita meu travesseiro, afaga os ralos cabelos que me restam e sorri como se estivesse agradando. Juro que não lhe dou confiança, portanto voltes e me acompanhes nesse devaneio.

1 no bloco de notas:

Blogger Portobello registrou a lembrança...

Me gusta leerte así, esta melancolía a trozos, esta prosa que huele a nostalgia. Saudades
Un abrazo

15:42  

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