raio de sol - IV
O remédio, o banho, roupa perfumada. Todo esse carinho e esse sorriso. Quanto trabalho, filha. Queria poder dizer-te o quanto te amo, mas já disse isso tantas vezes na vida que não é mais preciso. Tu sabes. Passear? Sim, claro.
Na cadeira? Sim. Pode ser, podemos andar pelo pátio do prédio, olhar as crianças, desviar dos cães e quem sabe até mesmo encontrar o Everaldo. Não, ele morreu. Me lembro. Tua mão sobre meu ombro me conforta e acalenta. Mais um curto e longo dia. Curto pela passagem atroz do tempo e longo pelas dores constantes e os verbos trancados que insistem em sair e são detidos pelo meu corpo que já não responde aos meus mais simples comandos.
Na cadeira? Sim. Pode ser, podemos andar pelo pátio do prédio, olhar as crianças, desviar dos cães e quem sabe até mesmo encontrar o Everaldo. Não, ele morreu. Me lembro. Tua mão sobre meu ombro me conforta e acalenta. Mais um curto e longo dia. Curto pela passagem atroz do tempo e longo pelas dores constantes e os verbos trancados que insistem em sair e são detidos pelo meu corpo que já não responde aos meus mais simples comandos.
2 no bloco de notas:
Ah! você vai me fazer chorar. Estou presa com ele.
Muito bom!
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